Pink Dolphin diVERSA | Edição: Vasco dos Santos
Diversa

Pink Dolphin não é um novo pub, é um shot de talento artístico

Sofia Tillo pode não ter talento, mas tem olho para a arte. E é assim que descobre cada uma das peças que leva para o novo espaço Pink Dolphin.

Quem a partir de agora passar na rua Poiais de São Bento, em Lisboa, vai reparar que há um novo espaço com luzes néon à porta a dizer “Pink Dolphin”. Podia ser o nome de um qualquer pub em Inglaterra, como The Red Lion ou The White Horse, alguns dos que recorda Sofia Tillo, que viveu no país durante quase 20 anos. Mas é antes o nome do seu mais recente projeto, que funciona como uma "one stop shop para tudo que é criativo, bonito e divertido".

No seu regresso recente a Portugal, Sofia decidiu que queria empreender e escolheu Lisboa para se aventurar. “É uma cidade cheia de vida e de pessoas criativas a fazerem coisas interessantes. Queria apoiar e fazer parte desse meio. Também queria trabalhar com clientes que estejam interessados em encher as suas casas e vidas com objetos especiais. Não queria que mais ninguém tivesse desculpa para comprar um quadro numa moldura da Ikea. Acredito muito no que dizia William Morris, que tudo em nossas casas deve ser ou bonito ou útil. De preferência as duas coisas até”, refere Sofia à Versa. 

E entre o bonito e o útil, na Pink Dolphin encontramos peças como uma jarra “que até pisca o olho”, um quadro da artista Rita Leitão ou ainda um print de edição limitada do artista Nox.  

 

 

"Cada objeto e peça na Pink Dolphin tem uma história, um criador e algum sentido de humor. Queria criar uma loja despretensiosa, mas em que o tema geral fosse a arte. Assim, vendo desde edições limitadas, a livros de arte, pequenos presentes feitos à mão por criativos, etc. O conceito é um espaço criativo, no fundo, uma loja cheia de coisas para ver”, esclarece Sofia.  

Qual é o preço da arte?

Ainda antes de as portas da Pink Dolphin abrirem a 24 de maio, Sofia Tillo lançava a curiosidade sobre o que estava para vir através de uma frase partilhada no Instagram: “Há uma revolução artística acessível a caminho de Lisboa”. É intrigante e ao mesmo tempo poderá ser ligeiramente polémica.

 “Acessível não deve ser uma palavra tabu no que toca a arte, nem querer dizer que se valorize menos as peças", começa por dizer. “Para mim, a verdadeira medida do valor de uma peça é se nos toca, se nos faz pensar, se interroga ou brinca com um tema importante, se tem uma estética própria e interessante, se nos dá aquela sensação de borboletas na barriga”, continua.  

Sofia Tillo considera que existe “uma ideia enraizada em noções históricas de que a arte deve ser a produção de uma elite e para uma elite”, quando na verdade o seu papel é interrogar a sociedade e os valores da mesma. Além disso, acrescenta, a arte pode ser acessível por provir de um jovem artista e, nesse caso, é como um investimento na bolsa. "Pode valorizar muito, apesar do preço inicial de compra ser baixo". 

De onde vem todo este interesse por arte?  

Sofia Tillo é antropóloga de formação e uma “apaixonada por arte e cultura visual”, razão pela qual decidiu criar o projeto Pink Dolphin.  

E para que não restem dúvidas... “Não crio nada. Tenho zero talento artístico. Tenho a sorte de ter este projeto em que me posso rodear de pessoas mais talentosas e criativas do que eu”, esclarece a fundadora. 

É então através do seu novo projeto que mostra o talento artístico que anda escondido, não faltando bons exemplos. "As edições limitadas de prints eróticos vintage da turca Pame, ou uma mini piscina portátil de cerâmica, ou a poesia gravada a laser em mármore da Mafalda Guimarães, que surpreende por serem palavras tão leves e soft gravadas num meio tão duro e pesado”, enumera.  

 

 

A aventura acaba de começar, mas em vista já está a digitalização e lançamento da loja online, novas colaborações com artistas, edições limitadas exclusivas e serviços de aconselhamento para quem quer começar a colecionar a qualquer nível.  

Em vez de um copo num pub, toma um shot de arte na zona de São Bento, em Lisboa.  

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