Criada nos anos 80 pela Hermès, a carteira Birkin tornou-se rapidamente um símbolo de luxo e status na indústria da moda. Inspirada em Jane Birkin, foi idealizada durante uma viagem de avião, durante a qual a atriz britânica terá confessado a Jean-Louis Dumas, criador da marca de luxo francesa, a sua frustração com a falta de carteiras práticas e elegantes. Estava criado um ícone.
Mais do que uma simples carteira, a Birkin é uma verdadeira obra de arte artesanal, onde cada peça é produzida por artesãos com materiais de alta qualidade. O processo, detalhado e exclusivo, eleva ainda mais o seu estatuto de luxo e atrai clientes de elite um pouco por todo o mundo.
E se, na Hermès, um modelo novo é vendido acima de 9 mil euros, a partir do momento em que uma Birkin sai da loja, o seu valor dispara uma vez que apenas os clientes com um histórico de compras considerável na marca têm oportunidade de adquirir uma Birkin.
A exclusividade chega ao ponto de nem mesmo os clientes mais fiéis da Hermès poderem escolher o modelo que desejam, já que a marca apenas permite que as lojas comprem um número selecionado de Birkins por estação, sendo que o estilo das malas não é revelado com antecedência.
O processo, conhecido por Hermès Game, apenas aumentou o desejo pela cobiçada carteira, e até já fez com que alguns clientes processassem a casa de luxo francesa por serem impedidos de comprar uma Birkin.
Para contornar o Hermès Game, alguns recorrem ao mercado de revenda. No entanto, graças à sua exclusividade, o valor de revenda uma Birkin é muito superior ao seu preço original, sendo que nos últimos 10 anos ultrapassou mesmo o preço do ouro, revelou James Firestein, fundador da plataforma de autenticação OpenLuxury, à revista Fortune.
Para alguns compradores, mais do que uma peça de luxo, uma Birkin é um verdadeiro investimento, já que o seu valor pode aumentar consoante a cor, o material e a sua condição. É que no mercado de revenda, ao contrário da loja, o cliente pode escolher o modelo que mais gosta.