A dependência de ecrãs e da utilização de redes sociais não é um problema novo, mas o mais recente estudo Scroll. Logo Existo!: comportamentos adictivos no uso dos ecrãs, desenvolvido pelo Centro Lusíada de Investigação em Serviço Social e Intervenção Social da Universidade Lusíada, revela que a maioria dos portugueses tem um excesso de estímulos digitais no seu dia a dia e que os principais grupos de risco são os jovens estudantes e os adultos desempregados, escreve o Público esta terça-feira.
Ainda que o excesso de tempo passado em frente a um ecrã não seja um sinal de dependência, a linha que separa a utilização normal da compulsiva é ténue. Alguns dos sintomas identificados no estudo que podem apontar para comportamentos abusivos passam por sintomas como a síndrome do toque fantasma, uma sensação que nos leva a crer que o telemóvel está a vibrar, sem que haja qualquer mensagem, notificação ou chamada, ou o efeito Google, uma tendência que nos impele a reter menos informação, uma vez que as respostas de que precisamos podem ser facilmente encontradas na Internet.
A preocupação em combater estes comportamentos aditivos não é de agora e as redes sociais e outras aplicações têm incluído ferramentas para prevenir o tempo de utilização das mesmas. Recentemente, a Meta anunciou que o Instagram irá criar uma nova funcionalidade conhecida como Nighttime nudge que irá fazer aparecer um alerta noturno no ecrã de utilizadores adolescentes se passarem mais de dez minutos na zona de mensagens ou na secção de reels. Estes alertas surgirão depois das 22h e serão automáticos, não podendo ser desligados.