O novo restaurante ILÍCITO, no Porto
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É provocador. É ILÍCITO. E nós gostamos.

O Bar e Restaurante do novo Hotel no Porto Editory Boulevard Aliados leva-nos para uma vivência boémia, mas contemporânea, e onde não faltam provocações à mesa.

Há quem chegue pela entrada principal do novo Hotel Editory Boulevard Aliados, na Avenida dos Aliados no Porto, e sinta um passado revisitado, reinterpretado, que se expressa através do uso de materiais nobres, naturais, aliado a um desenho de pormenorização atento ao existente. E há quem chegue por uma das ruas mais icónicas do Porto, a Rua do Almada, com espaços procurados pelos locais e turistas e com uma das melhores noites da cidade. É precisamente esta segunda porta que escolho, com entrada direta para o Bar. E como explicar? Marcante, disruptivo, provocador. Estou num contexto de inspiração circense com pormenores burlescos, que remetem para o registo vintage e sempre em constante provocação. E isto tudo, que é muito, cabe tudo no Porto. 

É no Bar que me aventuro nesta noite “boémia”, onde as cartas de tarot são, neste caso, a lista com os cocktails da casa, alguns exuberantes que chegam até com fogo: Mad Hatter; Bath Time; Gentleman… vão chegando à mesa, acompanhados de “finger food”. Tacos de salmão, cachorros de carabineiro ou trufas de rabo de boi são a minha iniciação numa noite que tem tudo para me continuar a surpreender. Há muito tempo que não estava num espaço tão orgulhosamente provocador como este, criado pelo gabinete de arquitetura Ding Dong.

Já ambientada ao espaço inspirado em Edgar Degas, impressionista francês reconhecido pelas pinturas femininas, sobretudo bailarinas e por Henri De Toulouse-Lautrec, frequentador assíduo do Moulin Rouge, sigo para o Restaurante.

E continua a provocação à mesa. Num ambiente que apresenta uma mescla do conceito de cabaret e de clube noturno, o Restaurante Ilícito, no Porto, mantém o contexto e a inspiração circense com pormenores burlescos que remetem para o registo vintage, Há, simultaneamente, um subtil erotismo na mensagem que também se traduz nos sabores presentes na Carta, com assinatura do Chef André Silva. A noite era de experiências, e como um saltimbanco, fui saltando entre os diferentes menus.

Começo na malagueta bem vermelha, que é, afinal, manteiga. Salto para Carabineiro e Lula com caviar cítrico, algas e miso; Raia e Coco com pasta fresca, caril e cantarelos; Rodovalho e Funcho com puré de limão, jus de vitela e caviar de esturjão. E, como sobremesa, Batata Doce e Cenoura terra de chocolate e citrínos.

É Ilícito de nome e é provocador ao desafiar os sentidos. Gostámos por nos surpreender e por criar, a cada prato, a curiosidade que chega na forma de criações improváveis. Diria que há poucos lugares assim. Ou mesmo que não há outro lugar assim. 

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