Será que o consumo de azeite é benéfico para a saúde ou trata-se apenas de um hábito alimentar saudável? Em Portugal e noutros países mediterrânicos o seu consumo é generalizado, mas esse não é um cenário que se verifique noutros territórios. Um estudo publicado na revista científica JAMA Network Open, conduzido por investigadores da Harvard T.H Chan School of Public Health concluiu que o consumo de azeite está associado a uma diminuição do risco de demência.
Mais de 92 mil profissionais de saúde nos Estados Unidos foram questionados sobre os seus consumos alimentares a cada quatro anos, durante 28 anos, com início em 1990. Os inquiridos reportaram a frequência com que usavam azeite na confeção dos seus pratos. Numa fase seguinte, um médico analisou as certidões de óbito dos participantes que morreram durante o período do estudo para determinar se a demência foi a causa da morte, determinando que 4.751 dos participantes morreram por demência.
Os investigadores concluíram ainda que substituir cerca de uma colher de chá de margarina e maionese por uma quantidade equivalente de azeite estava associada a um risco 8 a 14% menor de morrer de demência. E que consumir pelo menos meia colher de sopa de azeite todos os dias estava associado a um risco 28% menor de morrer de demência, em comparação com aqueles que nunca ou raramente consumiam azeite.
O estudo observacional encontrou, portanto, uma associação entre o consumo de azeite e um risco comparativamente menor de morrer de demência. Os investigadores não encontraram, porém, uma relação causal, nem diferenças entre o consumo de diferentes tipos de azeite.