Pilates Lemonfit. Fotografia: Lemonfit
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Pilates, prometo amar-te e respeitar-te. 5 coisas que aprendi a praticar

Durante a sessão é divertido, no dia seguinte é uma verdadeira descoberta do corpo. E vale tudo a pena.

Pilates é de certo modo uma modalidade incompreendida, cheia de ideias pré-concebidas. E não estou a criticar ninguém. Também me incluo, mas há uma diferença temporal neste pensamento que é preciso distinguir antes de avançar: há um passado e um presente depois de ter visitado o estúdio de pilates do clube Lemonfit, no Parque das Nações.  

Sabe lá a Mariana Máximo, coordenadora do estúdio de pilates, (well, agora vai saber) que fomos adiando a aula de pilates não só devido a incompatibilidades de agenda, como por alguma falta de vontade causada por essas ideias erradas.  

Achava eu, por experiências passadas, que o pilates era para preguiçosos e pessoas de meia idade, que se resumia a carregar uma bola gigante entre as pernas e a correr atrás dela quando se perdiam as forças.  

Todavia, sabia que, no caso do Lemonfit, o pilates não se resumia a bolas. É feito com máquinas de madeira, mas também sobre elas tinha uma aversão. 

Sempre que via celebridades como Hillary Duff, Kate Hudson ou Alessandra Ambrosio a fazer exercícios em salas de pilates como aquela que experimentei, só me vinha à cabeça as semelhanças com salas de tortura da Idade Média, que há época usavam equipamentos no mesmo material para estiramento de pessoas sob interrogatório.

No extremo oposto, pensava ainda nas parecenças com espaços para prazer sexual (quem já viu pelo menos um episódio de “How To Build a Sex Room”, na Netflix, sabe do que estou a falar).  

Esqueci tudo isto e fui pela curiosidade. Assim que cheguei, fui recebida por pela instrutora de pilates Maria João e encaminhada para o primeiro equipamento, chamado reformer. Ao início a sensação é de estranheza, porque é preciso perceber como é que o corpo se coordena com as máquinas, nas quais nos movimentamos com maior ou menor pressão, consoante a carga das molas. 

“O facto de os equipamentos terem molas, ajuda imenso. Tanto no alongamento, porque sentimos a resistência e temos controlo no movimento, como em termos de força. Acabamos por trabalhar a força muscular, mas controlada tanto na fase excêntrica como concêntrica, porque não é um peso, é uma mola e isso acaba por fazer a diferença porque acompanha o movimento todo”, explicou Mariana Máximo mais tarde.  

Uma vez apanhado o jeito, é seguir caminho para mais exercícios. No caso, com acompanhamento individual (se assim não fosse, ainda estava a tentar arrastar-me no colchão para trabalhar os adutores como deve ser), mas também é possível fazer aulas de grupo. Os preços neste ginásio variam entre os 189 euros e os 79 euros, respetivamente.  

É difícil descrever o que fiz em cada um dos equipamentos — desde o reformer ao cadillac reformer, que agora consigo olhar de uma forma mais encantadora, parecendo-se mais com uma cama dossel — mas houve um exercício de que gostei em particular: o alongamento.  

Não por ter sido feito no fim, atenção, mas porque notava a flexibilidade a aumentar após várias repetições. O entusiasmo foi tal que, a certa altura, já me sentia a Mulher Elástica d’”Os Invisíveis”.  

5 coisas que aprendi com o pilates 

Em cerca de 45 minutos de uma modalidade sobre a qual estava redondamente enganada, foram vários os ensinamentos que retive.  

  1. Não há um único segundo em que os abdominais não estejam a trabalhar no pilates, e outros tantos músculos que não sabíamos que tínhamos; 
  2. É possível aprender a aliviar a pressão na zona lombar, mesmo fora da prática; 
  3. Os equipamentos do terror são afinal uma total diversão que, embora exija algum esforço, deixa-nos com uma sensação de leveza no final; 
  4. O pilates é para toda a gente. “Temos alunos que fazem pilates como complemento do treino de força. Temos pessoas com várias patologias, seja de coluna, articulares, musculares, etc. E depois temos pessoas que são realmente aficionadas por pilates, que só fazem pilates”, explicou Mariana Máximo;
  5. O pilates não é para perder peso, mas é uma ótima modalidade para trabalhar o corpo no seu todo. “Quanto mais mobilidade e força estiver no mesmo corpo, mais eficiente ele fica", frisou a coordenadora do estúdio.  

Veredicto Versa sobre o pilates: desafiante e divertido.  

P.S.: Esta nota final está a ser escrita um dia depois da aula de pilates. No dia da prática, a leveza é factual; no dia seguinte é cada movimento, cada músculo dorido que se descobre. Esqueçam lá a ideia de que pilates é para preguiçosos que procuram modalidades fáceis.  

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