Fotografia: recyclingis.sexy
Design e Artes

Fenómeno “Green Dating”: um homem sexy é aquele que sabe reciclar

Alto, moreno e de olhos azuis? Não interessa. Mas se souberes separar o lixo, alguém se apaixona por ti.

A sustentabilidade está na moda e isso não surpreende ninguém. É a bandeira favorita dos mais variados mercados e empresas, chegando a todo o lado. Até as indústrias mais poluentes têm vindo a adotar cada vez mais políticas sustentáveis, nomeadamente as marcas de moda, o que tem levado a que muitas fast fashion sejam questionadas como nunca antes. E todos parecem vestir a camisola verde, mesmo quando não fazem a separação do lixo em casa…

Uma resposta à urgência ambiental que vivemos, claro, mas não é só de consciência que se faz o ambientalismo. Ser-se verde é para alguns uma forma de se afirmarem atuais, modernos, preocupados com o que realmente importa, mesmo que não sejam ativos na matéria ou que não alterem hábitos de consumo. São politiquices ambientais, embrulhadas em plástico. Uma hipocrisia que se revela quando nos chegam estatísticas sobre, por exemplo, o sucesso estrondoso de uma fast-fast-fast-fashion. Mas não são estas estatísticas que aqui trazemos, são outras, e bem mais curiosas.

Chegou-nos à redação um estudo sobre o fenómeno “Green Dating” que é nada mais nada menos do que o reflexo de um mundo onde a sustentabilidade não é só tema importante, é também critério para uma relação amorosa de sucesso.

A plataforma de encontros Bumble - que nasce com um twist interessante para as mulheres heterossexuais no mundo do dating online, uma vez que apenas elas podem dar início a uma conversa - realizou um estudo sobre os interesses na procura da cara-metade. E conclui que o ambientalismo ocupa a primeira posição no ranking dos interesses mais valorizados na app em Portugal.

Ter uma carreira de sucesso, uns olhos bonitos ou um corpo tonificado não é prioritário. Bem mais importante é a partilha pela consciência do impacto ambiental. Neste estudo, a app revela que “mais de 1 em cada 2 (59%) inquiridos europeus querem namorar alguém que partilhe das mesmas opiniões sobre sustentabilidade e responsabilidade ambiental” e “mais de metade (59%) dos inquiridos consideram atraente alguém que se preocupa com o impacto ambiental e com as suas escolhas”. Já “70% das mulheres da Geração Z, com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, consideram atraente alguém que está ativamente a tomar medidas para reduzir a sua pegada ambiental.”

"Para a Geração Z e os Millennials, as conversas sobre o ambiente estão no centro das atenções e, ao longo dos últimos anos, temos visto este facto ter um impacto cada vez maior nas nossas vidas amorosas”
[Alba Duran, Diretora de marketing do Bumble em Espanha e Portugal]

O estudo revela ainda que mais de “1 em cada 3 (36%) consideram que as pessoas que se preocupam com o ambiente são melhores parceiros, porque mostram que são atenciosas e sensíveis, além de partilharem os mesmos valores.”

E se acham que o presságio para uma relação tóxica pode ser um primeiro contacto com alguém que fala muito sobre ex-namorados/as ou que se mostra demasiado ciumento, esqueçam. As maiores red flags são outras. Para esta grande maioria de pessoas que prioriza a preocupação ambiental, aquele que se recusa a reciclar é um parte corações.

Mas como ainda não há estudos que reciclem os impostores, estas exigências tanto podem vir de uma consciência que fala mais alto, como de uma jogada de charme no mundo moderno…

Nécessaire

Do emagrecimento à pele, tudo sobre a bebida favorita de Letizia

O chá verde é uma das bebidas favoritas da Rainha Letizia e a Versa foi saber quais os benefícios. Pelo caminho desconstruirmos alguns mitos.

Design e Artes