Postos de gasolina no cimo de prédios, linhas de comboio que atravessam edifícios ou complexos habitacionais que são transportados de um lado para o outro da cidade em navios: esta é a realidade que se vive em Chongqing, uma cidade com cerca de oito milhões de habitantes no sudoeste da China.
Esta cidade é um importante centro político, económico e estratégico, tendo beneficiado de uma estratégia de investimento do Governo chinês desde o final dos anos 1990. Como resultado, esse desenvolvimento afetou a paisagem urbana da cidade, com os bairros tradicionais e pequenas habitações a serem destruídas para dar lugar a complexos habitacionais que albergam milhares de pessoas num só quarteirão.
Tim Franco, um fotógrafo franco-polaco, tem-se dedicado a registar a escala abismal do crescimento desta mega-cidade. Sobre a sua primeira visita a esta cidade, o fotógrafo que está atualmente a viver na Coreia do Sul disse,numa entrevista ao site ArchDaily, que parecia estar num filme como o Blade Runnner.
“Caminhar por becos escuros e perder-me em ruas labirínticas. Descobrir diferentes níveis, apanhar elevadores e teleféricos para viajar de uma parte da cidade para outra. Parecia-me uma mistura caótica e sombria de Manhattan e Hong Kong. Nessa altura, o Governo local ainda perseguia a gigantesca rede mafiosa que controlou a maior parte dos negócios da cidade durante tantos anos: parecia que eu estava num filme”, disse.