Vinho | Fotografia: Unplash
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Há um vinho português entre os mais procurados no momento

Até nos vinhos há tendências e a do momento envolve as preferências dos consumidores mais jovens. Para aderires à nova moda, toma nota deste vinho português.

Num fim de semana dedicado aos vinhos na Feira Internacional de Lisboa (FIL), o evento Vinhos & Sabores, produzido pela revista Grandes Escolhas, deu a conhecer inúmeros vinhos nacionais, desde os que são para degustar numa mesa repleta de boa comida e companhia aos que são apenas para apreciar sem harmonização.

E nesta vasta oferta que pretende agradar aos diferentes gostos, a Versa encontrou no stand da Vinalda um vinho que obedece à tendência do momento, mais precisamente o Raríssimo Dão 2016, de Osvaldo Martins, um vinho tinto feito com as castas Alfrocheiro, Aragonês, Touriga Nacional.   

E porque é este o vinho do momento? 

“É tendência porque há algum tempo nasceu nos Estados Unidos e no Canadá um novo estilo de consumo de vinhos, também ligado aos jovens enólogos, que começaram a fazer vinhos mais leves. Não tinham dinheiro, não estavam dentro de grandes empresas, então faziam pequenas produções de vinhos de fermentação mais rápida, mais espontânea, sem recurso a barrica, sem grande tempo e técnicas, sem fazer muita extração e puxar pelo álcool. Portanto, este género de vinhos está ligado a um novo consumo: jovens que querem vinhos mais francos, mais sinceros, mais austeros, menos intervencionados” explica à Versa Sérgio Pereira, diretor do portefólio na Vinalda, empresa de distribuição de bebidas em Portugal.  

Segundo o especialista em vinhos, os jovens de hoje em dia “não entendem porque um viticultor ou enólogo recolhe uvas de elevada qualidade e depois ainda tem que lhes dar tantas voltas na adega”, resultando num vinho com elevado grau que ao fim do segundo copo dá dores de cabeça.

“Os jovens modernos querem beber uma garrafa de vinho até ao fim, ponto final”, acrescenta.

Este é um fenómeno ligado apenas aos vinhos tintos, como é o caso do Raríssimo Dão 2016, um vinho com castas fermentadas em lagares de cimento, técnica que se fazia há 100 anos e que o produtor Osvaldo Martins quis recuperar. 

“Estamos a falar de um vinho com uma extração muito menor, a cor é muito aberta”, descreve Sérgio Pereira. 

Por ser um vinho com 13,50% de grau e leve, obedecendo assim à tendência, é perfeito para acompanhar com atum grelhado, polvo à lagareiro, peixe vermelho assado no forno, sugere o diretor do portefólio na Vinalda. E, num último apontamento, não esquecer: “É um vinho servido ligeiramente mais fresco”.  

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