Portugal está a atravessar dias com temperaturas elevadas, em algumas localidades acima de 40ºC. Que cuidados devemos ter ao enfrentar uma onda de calor como esta? E o que acontece ao nosso coração num dia de calor como o que esta quarta-feira se regista?
Um novo estudo publicado em julho pelo projeto Human Environmental Age Thresholds, da Penn State University, no Estados Unidos, demonstra que o impacto do calor no coração é significativo e que se manifesta também nos mais jovens, quando sujeitos ao que é chamado de stress térmico.
A investigação concluída pela Penn State University, que foi alvo de revisão de pares, determinou que, em condições com determinadas temperaturas e humidades, dão-se respostas fisiológicas como um aumento da frequência cardíaca. Estas condições foram comparadas com outras temperaturas e níveis de humidade que provocam um aumento da temperatura do corpo e, por sua vez, um aumento da frequência cardíaca.
No estudo, 51 jovens com uma idade média de 23 anos foram submetidos a testes com níveis de calor e de humidade progressivamente mais elevados enquanto realizavam atividades físicas de baixo impacto, como caminhar. Concluiu-se que o aumento da frequência cardíaca foi provocado por temperaturas e níveis de humidade no ar mais baixos que, por sua vez, não provocavam um aumento da temperatura corporal.
Constatou-se ainda que o esforço cardíaco se iniciava aproximadamente 20 minutos antes de ser observado um aumento da temperatura corporal, o que indica que o coração começa a trabalhar com maior intensidade mesmo antes de o corpo começar a manifestar sinais de stress térmico.
Uma das formas de combater estes efeitos é mantermo-nos hidratados, especialmente em exercícios que excedem os 30 minutos de duração. Outra estratégia passa por usar roupas que permitam ao corpo arrefecer-se. Tecidos como o algodão são também uma das melhores opções para combater os efeitos do calor e mitigar os impactos cardiovascular provocados pelo stress térmico.