Billie Eilish | Fotografia: Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic
Nécessaire

Com 20 anos, precisas mais de cirurgias estéticas do que com 40?

Quando uma geração mais nova aparenta ter mais idade do que a geração anterior, algo se passa. E não é só impressão, está mesmo a acontecer.

Ao que parece, os Millennials estão a envelhecer muito mais lentamente do que as gerações anteriores e até posteriores. E não é só impressão, está mesmo a acontecer. Ou seja, quem nasceu entre 1981 e 1996, parece ter uma aparência mais jovem do que quem nasceu entre 1997 e 2012.

Este tema tornou-se motivo de debate, sobretudo nas redes sociais como o TikTok, que está repleto de vídeos sobre a razão pela qual os Millennials não parecem estar a envelhecer, com milhões e milhões de visualizações.

 

Alguns levantaram a hipótese de que se deve ao facto de os "retoques", como o preenchimento e o botox, serem mais baratos e estarem mais disponíveis atualmente. Outros brincam e dizem que é porque os Millennials "têm depressão, então ficam em casa o dia todo e não deixam a luz do sol envelhecer a pele".

Outros questionam se será devido aos telemóveis com câmara e ao facto de nos vermos com mais frequência do que nunca, o que significa que prestamos mais atenção ao nosso aspeto e vestuário. Ou talvez estejamos a envelhecer normalmente, apenas não pensamos que estamos, por isso não agimos como tal.

Existem inúmeras teorias para esta distorção do tempo-corpo-mente e os especialistas em dermatologia e cosmética encontraram algumas razões que podem ajudar a clarificar este debate.

A Geração Z, a primeira a consumir redes sociais desde a infância, pode ter sido excessivamente exposta a uma vasta informação sobre cosméticos, procedimentos, tendências e cuidados de beleza, começando a usar os produtos de forma incorreta e fazendo com que envelhecesse prematuramente.

Além disso, os diferentes estilos de vida influenciam. Fatores como o consumo de álcool, de tabaco, vaporizadores e cigarros eletrónicos, ou o maior consumo de alimentos processados, um estilo de vida mais sedentário, com menos ar fresco e exercício também têm impacto na pele.

A geração Millennial, por outro lado, tem geralmente uma maior consciência dos cuidados com a pele e com o corpo, em comparação com as gerações anteriores, incorporando frequentemente uma abordagem mais preventiva e holística do bem-estar, com maior foco no exercício físico.  

Sobre a maquilhagem, as duas gerações também têm uma abordagem diferente. Enquanto os Millennials são conhecidos por usar visuais mais naturais, deixando para trás a base laranja berrante e os lábios com corretor dos anos 90, a Geração Z prefere mais glamour, todos os dias,a  toda a hora. Assim sendo, o peso dos contornos, das tonalidades ou a forma como os produtos são aplicados podem sugerir uma aparência mais pesada.

Mas se a Geração Z tem acesso a tanta informação, não deveria saber como cuidar mais de si? O que está a falhar? É simples: muita informação não significa boa informação.

Especialistas alertam para o facto de muitas vezes os produtos utilizados não estarem a ser bem direcionados, não apenas ao tipo de pele, mas também à idade. Por exemplo, o retinol [vitamina A] não devia ser usado aos 20 anos, pois é muito agressivo para a pele jovem, causa irritação e pode danificá-la no futuro. Assim como produtos com propriedades antienvelhecimento, efeito redutor de rugas, iluminador e reafirmante podem ter princípios ativos não indicados para peles menos maduras.

Por isso, a recomendação é simples: apostar na rotina de limpar, hidratar e usar protetor solar. Até mesmo para a Geração Alpha, que já demonstra uma grande preocupação com a aparência e que já usam muitos produtos de skincare.

Vejam, por exemplo, North West, de 10 anos, ou Penelope Disick, de 11 anos, que partilham regularmente as suas rotinas de cuidados de pele com os seus milhões de seguidores.

Nécessaire

Beber sumos de fruta afinal pode não ser tão bom para a saúde

Um estudo confirma que o consumo de sumos de fruta contribui para o aumento de peso em crianças e adultos.

Nécessaire