Foi há dez anos, no número 1 da Rua Carlos Testa, em São Sebastião, que Kiko Martins abriu O Talho – à altura um restaurante e um talho dedicados a carnes e cortes sofisticados que era, de certa forma, pioneiro.
Desde então muita coisa mudou. A começar pela carta, que teve pratos como O Sr. Quer Alheira, “que quando dito rapidamente soava a algo que não era suposto” ou um menu de degustação que se intitulava Kiko à Mesa e que foi o “rastilho para várias piadas” de amigos e de clientes mais fiéis, refere um comunicado.
O espaço também sofreu várias alterações ao longo da década. Agora, a sala de refeições apresenta-se mais formal e confortável, tendo um espaço de garrafeira onde repousam algumas referências exclusivas.
Mas voltando a debruçarmo-nos sobre a comida, há pratos que resistem desde o início, tal como os croquetes de cozido à portuguesa (confecionados com carne do cozido, hortelã e maionese de chouriço). O bife tártaro assume agora o estatuto de um dos melhores de Lisboa, segundo alguns clientes e o borrego tandoori, apesar de ter sofrido alterações, mantém os sabores principais.
Ao mesmo tempo, neste ano de celebrações, Kiko Martins decidiu introduzir na carta um novo prato que é um clássico da gastronomia. O bife Wellington de lombo de novilho do Uruguai é aprimorado com cogumelos e presunto Pata Negra, sendo depois revestido com uma massa folhada estaladiça.
E há mais novidades. Para celebrar os dez anos de vida, O Talho irá promover ao longo do ano uma programação que irá contemplar a realização de um workshop com o chef, um desafio em que os participantes terão de cozinhar com produtos da butcher shop, um quiz através das redes sociais em que o chef responderá a várias questões ou jantares a quatro mãos, que terão como convidados especiais os chefs Henrique Sá Pessoa, Rui Paula e Vítor Sobral.