“O Último Czar do século XX” fecha um dos ciclos mais importantes da Czar Wines. É uma homenagem ao mentor José Duarte Garcia, um dos últimos vindimados por ele, em 1999, e também o último a ser comercializado com vindimas feitas no século passado.
Com garrafas especiais gravadas a ouro, esta produção limitada é lançada a par com o “Czar 2014”. São dois vinhos de colheita tardia e completamente naturais, sem nenhum tipo de adição. São puros sumos de uva fermentada, que atingem um mínimo de 18º, e que respeitam a forma como os Czares foram produzidos até aos dias de hoje.
Sem garantias de produção, sujeita às intempéries próprias da Ilha do Pico, a única certeza é a incerteza, e se, por vezes, existe produção em dois anos consecutivos, a Czar pode estar cinco anos sem vinhos, como sucedeu nesta última década.
A marca celebra assim a sua história e a escassa probabilidade de nos Açores, na pequena Ilha do Pico, se fazer um vinho não fortificado único no mundo, a partir de vinhas centenárias na Criação Velha.
“O último Czar do século XX”, vindimado em 1999, é o vinho preferido de José Duarte Garcia que, por ser o que mais gostava, não o quis adicionar ao lote e guardou-o para beber com a família e amigos. Passados quase 25 anos após a sua colheita, os irmãos uniram-se e decidiram comercializar o restante vinho desta barrica, em homenagem ao pai, a celebrar o que chamam de “bodas de prata”. Este vinho vai ser engarrafado em 86 garrafas especiais de cristal Vista Alegre, com gravação a ouro de 21,3K.
“Após as pragas que atingiram as vinhas do Pico, principalmente a filoxera em 1872, o então famoso vinho passado do Pico desapareceu. Vinho que durante séculos passou pelas mesas de reis, Papas, imperadores e czares. Em seu lugar, aparece o que passou a ser conhecido como o Verdelho do Pico. Fruto da teimosia do meu pai, desde os anos 60 que deu continuidade ao que também chamava vinho verdelho, embora fosse elaborado da mesma forma que o vinho passado, nos seus tempos mais áureos. E este Czar 1999 tem a particularidade de ter sido produzido desta forma mais rústica. Hoje em dia, a única diferença em relação à produção de há 500 anos atrás é que agora faço a decantação a frio e depois faço o resto da fermentação em borras limpas, retirando uma quantidade mínima de borras, mas que podem mudar os aromas do vinho”, relata Fortunato Garcia, filho de José Duarte Garcia.
“O último Czar do século XX” estará disponível a €7.500 ou a €6.500 em pré-compra, ultrapassando o preço do Barca Velha, considerado o vinho português mais célebre desde a sua criação, em 1952, e aquele que concedeu a prestigiante reputação à Casa Ferreirinha. Cada garrafa produzida pela Vista Alegre pode ser personalizada, gravada com a inscrição do nome escolhido pelo comprador, com a exclusividade de ser apenas possível uma por nome.
Este processo exige que a gravação seja efetuada antes do ouro ser cozido, para se firmar no cristal. Um luxo que apenas está acessível às pré-compras efetuadas até ao primeiro trimestre de 2024. Posteriormente, as gravações poderão ser elaboradas, mas sem o preenchimento deste metal precioso.