Um novo estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition demonstrou que adultos com mais de 60 anos que tomaram diariamente um multivitamínico ao longo de dois anos alcançaram uma pontuação mais alta num teste de memória e cognição do que a amostra que tomou apenas um placebo durante o mesmo período. Este trata-se de um dos raros testes clínicos que comprovam que a toma de um suplemento nutricional pode de facto beneficiar pessoas saudáveis, escreve o New York Times.
Apesar dos resultados alcançados com o estudo, especialistas externos ao ensaio clínico alertam que estes benefícios podem ser escassos e que não é claro se se traduzem em melhorias notórias na vida das pessoas.
A investigação fez parte de um ensaio que envolveu mais de 21.000 adultos mais velhos e que analisou se os suplementos podem proteger contra várias doenças relacionadas com a idade, denominado COcoa Supplement and Multivitamin Outcomes Study (COSMOS). O novo relatório, detalha o New York Times, “incluiu os resultados de um subconjunto de 573 participantes - na sua maioria brancos e com um nível de educação relativamente elevado - que efectuaram vários testes cognitivos presenciais”.
Os investigadores acreditam que o incremento de funções cognitivas e de memória que se verificou nas pessoas que tomaram o multivitamínico corresponde a uma redução de dois anos na idade do cérebro, apesar de outros especialistas que não participaram no ensaio advertirem que, apesar das boas práticas aplicadas na investigação, as conclusões que apontam para benefícios serem modestas.
A toma de multivitamínicos pode ser útil para quem sofre de doenças que afetam a sua capacidade de absorver nutrientes, mas não para a maioria das pessoas saudáveis, não sendo necessário a toma de nenhum suplemento nutricional.