Supermercado | Fotografia: Unsplash
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O enlatado de supermercado que esconde um segredo antienvelhecimento

Há um alimento, bem nosso conhecido, que é amigo da carteira e ainda mais da saúde. Da beleza à função cerebral, todos agradecem que o incluas na alimentação.

Dados os benefícios para o cabelo, pele (e não só), era de prever que fossemos falar de um creme, um sérum ou outro produto de beleza. Mas não. Falemos sim de um alimento que tanto se pode encontrar em conserva nas prateleiras do supermercado, como na peixaria, e que merece ser incluído na alimentação. Já adivinhaste qual é? 

Exato, a sardinha. É muitas vezes desvalorizada ou considerada estival, chegando às nossas mesas apenas nos meses de verão, até porque faz parte das festas tipicamente portuguesas, como os Santos Populares. Contudo, apesar de ser um peixe tão nosso, foi lá fora que surgiu uma chamada de atenção sobre os seus benefícios. 

Atenta nesta combinação: “As sardinhas contêm muitas proteínas, assim como níveis elevados de vitamina D, B12, ómega-3 e minerais essenciais, incluindo iodo, selénio, ferro, cálcio e potássio”, nota o especialista em medicina anti-idade Vicinte Mera na Vogue.  

A sardinha está assim no topo da lista de alimentos que previne o envelhecimento, nas suas mais diversas vertentes.

Vamos descobrir quais.

Tanto a farmacêutica e nutricionista Paula Martín Clares, como a farmacêutica Teresa Climent estão de acordo que as sardinhas, por serem um peixe gordo com “altos níveis de proteínas, vitamina B12 e ácidos ómega-3”, ajudam a prevenir a queda e envelhecimento do cabelo.

Já um estudo publicado no Psychiatric Research Neuroimaging defende que a sardinha previne o envelhecimento do cérebro e tudo se deve a uma outra vitamina: a vitamina D.

Esta vitamina deve a sua fama ao facto de ser responsável por mais de 200 funções no corpo e à lista junta-se a ajuda na absorção de cálcio e ainda a defesa do sistema imunitário, que nos protege de determinadas patologias inflamatórias da pele e problemas cardíacos.  

E não precisas mais do que duas a três sardinhas médias para obter as recomendações diárias de vitamina D (entre 200 a 1000 UI (unidades internacionais)), uma vez que cada 100 gramas tem, em média, 193 UI – ultrapassando até o leite ou o sumo de laranja.  

Mas há mais: a sardinha é também rica em vitamina B3 e selénio, “que combatem os radicais livres”, e é “uma fonte de ferro, necessário para o transporte de oxigénio e para a formação de células vermelhas do sangue”, como refere a nutricionista Cláudia Pestana, do Holmes Place Miraflores. 

E sim, também temos o salmão como referência de um peixe gordo, rico em vitaminas e minerais, mas há duas razões para se preferir a sardinha: encontra-se na costa portuguesa, é um peixe mais barato e está disponível todo o ano em conserva. 

Só tens, no entanto, de ter atenção às conservas que escolhes. Deixamos duas dicas: 

  • Olha para a lista de ingredientes e escolhe a opção com o menor número de ingredientes e o mais naturais possível e, de preferência, sem sal; 
  • A conserva em azeite poderá ser o melhor uma vez que “preserva melhor o teor de ácidos gordos insaturados do que outras opções”, refere a nutricionista María Sánchez na Vogue
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