Com a idade, não só as rugas começam a aparecer, como o corpo começa a mudar a forma como responde aos estímulos do dia a dia, incluindo ao exercício físico. Se no primeiro caso respondemos com produtos que ajudam a atenuar a perda de elasticidade da pele, no segundo é preciso mudar o tipo de treinos e os profissionais sabem como e quando: a partir dos 40 anos.
A partir desta idade devemos preocupar-nos com a perda de massa muscular, que cai 3 a 8% por década, assim como com a perda de densidade óssea e do VO2 máximo, isto é, a capacidade que o corpo tem para converter o oxigénio em energia.
Em vez de tudo isto ser um motivo de preocupação, deve antes servir de motivação para treinar de modo a alcançar uma melhor saúde, mesmo com o avançar da idade. O que fazer?
Uma das sugestões é combinar treino aeróbico com treino de força de intensidade moderada a vigorosa, devendo cada um ser realizado durante 150 minutos por semana e 15 a 20 minutos duas vezes por semana, respetivamente. Mas atenção: os exercícios devem ser diferentes sempre que possível.
“O corpo é ótimo a adaptar-se”, refere a fisiologista Sarah Witkowski ao The New York Times, pelo que aconselha variar os exercícios para criar novos estímulos, que até melhoram a pressão arterial.
Outro método é evitar trabalhar músculos isoladamente. O que fazer então? “Exercícios que movam o corpo de cima para baixo”, no fundo, movimentos compostos como, por exemplo, um deadlift e um squat, como sugere a personal trainer Amanda Thebe.
Até aqui as alterações parecem simples e a última não é diferente. Consiste em fazer treinos progressivos, seja em termo de pesos, número de repetições ou de tempo de cardio. Segundo a fisioterapeuta Lauren Lynass, quando desafiamos o corpo à medida que envelhecemos, melhor preparado estará para os desafios do futuro.