Andar é, talvez, a atividade física mais acessível e fundamental que conseguimos pôr em prática. Além disso, é também um meio de transporte. Ainda que não seja tão exigente como fazer flexões, andar é considerado um exercício de peso corporal, uma vez que os grupos musculares trabalham para mover o peso do corpo. Mas será que andar pode ser considerado um exercício físico com suficiente intensidade?
Um estudo publicado em 2021 na JAMA Network Open concluiu que dar 7000 passos por dia contribui para uma diminuição de 50% a 70% do risco de morte prematura em comparação com quem fazia menos passos diários. Por sua vez, em 2023, o British Journal of Sports Medicine sugeriu que a prática de atividade física moderada com uma caminhada de 11 minutos diários era suficiente para reduzir riscos de doenças cardíacas e cardiovasculares ou mesmo vários tipos de cancro.
Mas ainda que andar seja importante para a saúde, não colmata todas as necessidades. De acordo com um artigo publicado na revista Time, as recomendações internacionais sugerem 150 minutos de atividade aeróbica por semana combinados com duas sessões de treinos de fortalecimento muscular. Para cumprir o primeiro requisito, há que aumentar a intensidade da passada. Já o segundo requisito torna-se mais difícil de cumprir, uma vez que a andar apenas é impossível fortalecer todos os grupos musculares.
Para que andar se transforme num exercício de intensidade moderada, há que aumentar o ritmo. O objetivo poderá passar por completar um quilómetro e meio num período entre os 15 e 24 minutos. A melhor forma de saberes se estás nesse ritmo é tentar cantar e perceberes se ficar sem fôlego – se sim, estás a fazer um exercício aeróbico de intensidade moderada.